quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Dia 7: San Pedro de Atacama, CH - Corrientes, AR


Hoje o dia foi longo...

Acordei como de costume por volta de 6:30. Estava apenas 8 graus, assim me preparei para o frio severo que deveria pegar sobre a cordilheira. Passei no posto, e devidamente abastecido fui para Aduana, a qual já tinha longa fila, incluíndo uma turma de BMW de São Paulo, também iniciando o retorno. Depois de uma hora liberado para seguir à diante, isso já por volta das 9 horas.

Subindo a cordilheira o frio foi aparecendo aos poucos, até surgir no painel o mínimo de 3 graus. Acabei passando a turma de SP na subida pois minha tocada estava mais forte, esperando vencer o quanto antes aquele frio.

Chegando na Aduana do lado Argentino, lá no Jama, enquanto fazia minha entrada, chegou a primeira dupla da turma de Sampa, e para surpresa de todos, um dos paulistas grita por socorro, batendo o queijo, o qual foi prontamente foi atendido pelos carabineiros. Em seguida foram chegando os demais companheiros prestando auxílio aquele que estava despreparado para tamanho frio...

Segui minha tocada, e logo aparece uma chuva para reduzir ainda mais a sensação térmica... Isso mesmo, chovendo no deserto, coisa que tem ocorrido com freqüencia nos últimos dias... Depois da chuva, fortes ventos, tornando a pilotagem complicada, com a moto inclinada, e MUITO frio...

Chegando perto de Punamarca, quando inicia a descida o tempo fechou, literalmente... Uma nuvem enorme cobria tudo, e a visibilidade era quase nula... Segui a descida, serpenteando a montanha em pé na moto buscando as linhas no chão, e também guiado pela estrada desenhada no GPS... Lá pelos 2.000 metros que o tempo abriu o novamente o sol brilhava. Rapidamente a temperatura já beirava nos 15 graus.

Devido a chuvas de dias anteriores, havia na estrada quatro pontos em meia pista devido a deslizamento, ainda com todo material sobre a pista.

Passei direto por Susques programando fazer o primeiro abastecimento em Jujuy. Adivinhem? Passei em 2 postos e nada de Nafta. Como tinha mais 140 km de autonomia no painel, resolvi seguir até Salta.

Chegando a Salta, novamente problemas... Entrei em 3 postos sem nafta, nesse terceiro o frentisma me informou em qual posto em conseguiria. Chegando lá uma enorme fila e uma limitação de 100 pesos por veículo. Conversando com o gerente consegui um abastecimento de 150 pesos, o que me dava 2/3 de tanque.

Em contato com o pessoal na fila das motos, pois fiquei quase 40 minutos aguardando minha vez, um Argentino informa que em Cayafate não estava tendo problemas, assim resolvi seguir viagem, pois não estava tranqüilo com essa questão, e eram apenas 15 horas, e estava disposto a rodar mais naquele dia.

Seguindo viagem, fui parando em todos os postos, e quando tinha gasolina eu completava o tanque. Encontrei a maioria dos postos com placas indicando a ausência da gasolina. Vale salietar que em função dessa falta de gasolina esta impossível abastecer com cartão de crédito, todos postos dizem que o cartão de crédito foi suspenso... Sorte que eu tinha comigo uma boa reserva em "efectivo". Quando passei em Salta aproveitei para fazer o cambio dos pesos Chilenos para Argentinos, pois dada essa situação, se faria necessário.

Na região do Chaco a temperatura a tarde chegou aos 38 graus, como é comum por estas bandas. Quando a noite foi chegando a temperatura se tornou mais agradável e acabei tocando direto até Corrientes, fazendo nesse dia a km prevista para dois dias, assim adiantando em mais um dia meu programa. Foram quase 1.400 km, chegando em Corrientes por volta das 23 horas.

Me instalei em um hotel seguindo indicação de um maxi amigo, passei num restaurante perto do hotel para um lanche, e logo estava descansando, e me preparando para aquele que seria o último dia da aventura.

Esse dia não há fotos, pois esqueci de carregar a bateria da camera na noite anterior. :-(

Weber




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